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Celso Roth: "ninguém é vencedor se não perder"

Sem clube desde novembro do ano passado, quando saiu do Internacional, Celso Roth fala sobre a caminhada para voltar a treinar. Tachado de retranqueiro, ele diz, em entrevista ao DIÁRIO, por que carrega esse rótulo, que acredita ser injusto.

Por: Plínio Rocha
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Pense no nome de Celso Roth. Imediatamente, pode vir à cabeça uma ligação forte com Internacional e Grêmio. Pois é, ele não acha isso tão bom. Em entrevista ao DIÁRIO, o treinador, que não vê a hora de voltar a trabalhar – está sem clube desde novembro de 2016, quando saiu do Colorado –, diz que essa identificação pode ajudar, claro, mas pode jogar contra. Em papo pelo telefone de cerca de uma hora e meia, ele se lembra do que Pelé disse na hora do abraço pós-título da Libertadores de 2010 e do doloroso vexame diante do Mazembe, no Mundial.

DIÁRIO: Você está sem clube desde que saiu do Internacional, em novembro. Como tem sido esse período sem treinar?

Celso Roth: Estou conversando com muita gente, fazendo meus contatos. Quero voltar o mais rapidamente possível. Hoje em dia, falam muito de intercâmbio, mas, depois de 2014, o futebol brasileiro meio que começou a atravessar um período negro. A campanha da Copa vinha sendo razoável, mas perder de 7 a 1 deixou um questionamento geral muito grande. O treinador brasileiro passou a ser visto como defasado, que não ia mais para a Europa buscar conhecimento, fazer interação. Mas eu acho o contrário. Para mim, isso sempre foi uma busca, algo contínuo, mesmo que não ficasse falando isso publicamente. Isso é importante, fundamental. A Europa sempre foi um meio interessante para se trocar informações. No Brasil, estamos sempre tentando nos informar, mas encontrávamos apenas o básico, com pouca literatura. De cinco, oito anos para cá que esse conteúdo começou a aumentar.

Mas qual o perfil dos técnicos brasileiros, então, para você?

Acho que queremos times mais leves, que joguem, mais técnicos. Mas existe uma pesquisa mundial que mostra que times com essa características venceram 49% das coisas que disputaram. E os times mais defensivos ganharam 51%. Então, eu tenho feito muita coisa, visto jogos, é praticamente uma escola diferente toda semana, para ver esquema, reação de equipes. O Atlético de Madrid, por exemplo, fez um jogo completamente fora da sua característica com o Real Madrid, na ida. Na última quarta-feira, mudou. Aí, vemos por que isso acontece, por que o jogador muda a maneira de atuar. É isso o que fazemos quando estamos em um momento parados, não estando na beira do gramado.

E com quem está conversando (risos)?

Ah... (risos). Sempre conversamos com alguém, né. Dentro e fora do país. No Brasil, acho que vivemos um momento de renovação, com gente aparecendo e aproveitando isso. Outros, não. Alguns ficarão no mercado definitivamente, mas outros apenas passarão. Os regionais dão um pouco esse parâmetro, depois tem Copa do Brasil, Sul-Americana, Brasileirão. Começam as decisões e, com elas, as avaliações dos trabalhos feitos desde o início do ano. E o mercado se movimenta.

Eu ia falar, mesmo, dessa nova geração, de campeões estaduais como Fábio Carille, pelo Corinthians, Zé Ricardo, no Flamengo, Roger, no Atlético-MG... O perfil dos treinadores do país está sofrendo uma transição?

Sim, e é um ciclo normal. Desses que você citou, o Roger tem uma bagagem diferente dos outros dois. Já demonstra uma grande capacidade desde o ano passado, já trabalhou em dois grandes clubes. Agora, o Atlético-MG vive um momento muito bom, e ele aproveitou. O Zé Ricardo tem uma grande oportunidade, com um plantel muito bom nas mãos. Por isso, aliado ao bom trabalho dele, ganhou o Carioca. E o Carille é um cara que chegou a ser contestado, já, até teve algum desequilíbrio, com ameaça de mudança, mas se estabilizou, achou um jeito de jogar, dentro das características do Corinthians. Coisa, aliás, criada pelo Tite, de um time que marca bem e, quando tem uma oportunidade, aproveita. Vejo potencial nesses três nomes.

E o Tite sempre foi chamado de retranqueiro. Hoje, está na seleção...

Pois é... Mas isso é normal, no Brasil.

Você também é tachado de retranqueiro. E durão. Até que ponto isso o atrapalha?

Isso sempre me atrapalhou e ainda me atrapalha. Rótulos, infelizmente, são criados. Não importa tanto o que eu faço no meu dia a dia de trabalho. Nos últimos três clubes que assumi, infelizmente, não tive tanta felicidade assim. Mas, para Vasco e Internacional, eu brinco que não recebi convites, eu fui convocado a assumir. Não tivemos nem oportunidades de discutir. O Eurico Miranda é um amigo que eu tenho, um cara muito debatido, chamado até mesmo de ditador, pelo jeito que tem, mas eu não tenho problema algum com ele. Temos uma relação de amizade. O Fernando Carvalho, ex-presidente do Inter, também. Não tive opção de dizer não para eles. Mas esse rótulo que eu dizia vem desde o começo da minha carreira.

Mas por quê?

Uma vez, em 2001, quando eu era treinador do Palmeiras, eu disse que treinador brasileiro trabalha para formar jogador. O mercado brasileiro é formador, e o europeu é comprador. É assim. Então, quando você começa o trabalho em um clube, não tem muitas chances de escolher. Trabalhamos com a realidade que existe ali, ainda mais depois da Lei Pelé, que proporciona contratos de dois, três anos aos atletas. Diante dessa realidade, você tem de privilegiar o quê? A defesa. No começo, é mais fácil defender do que montar um esquema criativo, isso é muito mais difícil. Criatividade depende de tempo de trabalho, e como se consegue ter tempo para trabalhar nos clubes? Não perdendo. E como não se perde? Não tomando gol. Aí, quando eu disse isso, acharam que eu era retranqueiro, defensivo. E carrego isso até hoje.

E ser durão, turrão?

Eu sou uma pessoa séria, não sou carrancudo. Quem me conhece, sabe. Quando estou trabalhando em um clube, não tenho intimidade com as pessoas, mas apenas porque trato todos de maneira igual.

Hoje em dia, cobra-se modernidade dos treinadores. O que é ser um técnico moderno?

Olha, falam muito de linha alta e linha baixa. Mas, cara, isso nada mais é do que marcar sob pressão ou marcar no próprio campo. Ponto final. Essa modernidade, às vezes, é só uma troca de palavras. Não se deveria usar linha alta ou baixa no futebol. Isso é para uma situação vertical, não de futebol. Use alto e baixo para falar de um prédio, um mastro, sei lá. Não futebol. Falam de o treinador brasileiro ser atrasado, mas não somos cinco vezes campeões mundiais por acaso. Estamos vendo as coisas, implementamos, administramos há muitos anos. Uma coisa que é importante, e que as pessoas têm de entender, é que o paradigma do jogador mudou. Por quê? Porque temos tecnologia, internet, redes sociais. Aí, sim, os treinadores têm de se modernizar, saber como trabalhar com isso. Ter conhecimento do adversário, porque ele vai ter a ser respeito.

No que acha que o jogador mudou?

A cabeça dele mudou. Ele acompanha tudo o que acontece, as situações, os processos. Seja pelas redes sociais ou pela imprensa, ele está sempre bem informado. Mas, ao mesmo tempo, continua tendo uma lacuna na formação. Formamos jogadores de futebol, não cidadãos. Por isso, temos um desequilíbrio. Ontem, o cara ganhava R$ 500 e, depois, passa a ganhar R$ 50 mil. E não sabe lidar com isso. O treinador tem de saber disso, tem de saber lidar com isso e administrar o grupo. Sabendo, sempre, que seremos julgados o tempo todo e podemos ser decapitados a cada quarta-feira e domingo, quando jogamos.

Isso tudo, junto, é a tal modernidade, então?

Tem de ter cuidado ao falar em modernidade, em criar coisas modernas. No Brasil, se o treinador colocar três zagueiros em campo, meu Deus do céu! Onde já se viu? Mas tem gente que usa isso na Europa, em grandes seleções, e ninguém fala. Não sou a favor dos três zagueiros, mas sou a favor que as pessoas enxerguem as coisas e falem as coisas. Sou a favor da interação com europeus, com asiáticos, com africanos. Sou a favor de buscar conhecimento, para se fazer o melhor trabalho possível com as condições que se tem.

Certa vez, falando com o Gallo, ele disse que a grande dificuldade de ser técnico no Brasil passa pelo fato de que muitos dirigentes são "torcedores". Ou seja, se você perde um jogo, vai ficando pressionado, até ser demitido. Acha isso?

Também. Eles são passionais, mesmo. Mas não é apenas isso, é algo ainda mais profundo. Como se administra um clube de futebol? De forma presidencialista. De onde isso vem? Do conselho. De onde vem o conselho? Do torcedor, que passa a ser sócio. Então, essas pessoas, no fundo, não têm culpa. Não apenas porque são apaixonados, mas porque vieram da arquibancada. São torcedores. Não são pessoas que ganharam a vida no futebol, não têm conhecimento para avaliar o trabalho de uma comissão técnica profissional. Eles têm outras funções na vida, ganham as coisas de outras maneiras. Falta preparação aos dirigentes para assumir um clube. Deveria existir uma preparação para essas pessoas.

Existem exceções?

Aconteceu uma vez com o próprio Tite. No Corinthians, em 2011, ele perdeu na pré-Libertadores. Era para ter caído. Perdeu o Paulistão. Era para ter caído. Começou mal no Brasileirão. E o que a direção fez? Manteve o cara no cargo. Ele foi campeão brasileiro, naquele ano, depois da Libertadores, do Mundial. E, hoje, é considerado, inclusive por mim, o melhor técnico brasileiro. Faz um trabalho espetacular na seleção, já classificou o país para a Copa de 2018. Ninguém é vencedor se não perder. A vida é assim, e se perde mais do que ganha. Isso, infelizmente, os dirigentes não acompanham. Por serem apaixonados pelos clubes, pelos jogadores, não se preparam profissionalmente, como eu disse. Dizem que não temos treinadores capacitados. Não é isso. Não temos muita coisa, e uma delas é gente capacitada para administrar e gerir. Clubes de futebol são muito diferentes de qualquer iniciativa privada. Têm características próprias.

Ser técnico no Brasil é uma profissão ingrata? 

Não dá para relaxar em momento algum. Terminou um jogo, passou a entrevista coletiva, a cabeça vai imediatamente para a partida seguinte. Não existe a opção de se relaxar um pouco. E sobre ser ingrato... Como dizem, a derrota é eterna e a vitória, efêmera. Não viu o Flamengo? Empatou com o Atlético-GO, pela Copa do Brasil, e a torcida já cobrou. E acabou de ser campeão carioca.

O que é mais difícil?

Somos passionais e formadores. E temos de trabalhar com a realidade que temos. Na Europa, os técnicos duram mais nos cargos, mas também porque estão legalmente protegidos. No Brasil, estão apenas começando a falar em um sindicato. Na Europa, está na lei: se fez contrato, vai ser pago até o fim. Aqui, tem Lei Pelé para os jogadores. Para técnicos, não. Quando tem de demitir, é um só, é bem mais fácil. E, legalmente, não estamos protegidos, nada faz com que sejamos ressarcidos.

Mas e as multas contratuais?

Alguns clubes honram com muita dificuldade e na Justiça. Isso quando honram.

E você falava, de novo, da formação...

Os europeus não são formadores, são compradores. Se têm um jogador que não atende às expectativas, mesmo com contrato de dois, três anos, tiram e põem uma opção igual ou melhor. Os grupos são muito selecionados. Busca-se qualidade técnica. Se o Ribéry não jogar no Bayern de Munique, joga o Douglas Costa. Fraco, né? Vai te catar, Ribéry! Se está com dor de barriga, ponho o Douglas Costa. Aqui, se o Carille tiver problema com o Jadson, põe quem? Está vendo a diferença?

E você acha que não enxergam isso?

Quem critica não tem essa noção. E querem comparar. Dizem que o brasileiro é defasado, mas queria ver os europeus trabalhando com as condições daqui. Não se pode comparar as coisas. O brasileiro não está parado no tempo. Repetindo: não ganhamos cinco Copas por acaso.

Veem assim lá fora, também?

Uma vez, em 2001, eu estava dando uma palestra para garotos sub-15 e sub-17 em uma convenção em Covenciano, na Itália. Um dos meninos levantou e disse que treinador brasileiro tinha nariz empinado. “O que você está fazendo aqui?”, ele me perguntou. “Os treinadores brasileiros nunca vieram aqui falar conosco”, ele disse. Já éramos quatro vezes campeões mundiais, naquela época. Eu disse para ele que estava ali procurando conhecimento, em busca de troca de experiências e, aí, me aplaudiram. Repito, era 2001, e achavam isso da gente. Tivemos de perder uma Copa em casa, com o 7 a 1, para acharem que temos humildade de irmos buscar cursos na Europa. As pessoas não veem e não querem ver isso. “Ah, o cara é moderno, estuda”, mas tem de aprender tudo isso. Essa troca é fundamental.

Teve um período na sua carreira, entre a saída do Cruzeiro, em 2012, e a chegada ao Coritiba, em 2014, em que você ficou mais de um ano sem treinar uma equipe. Foi muito difícil? 

Sempre é difícil ficar parado. Tem de saber administrar. Tem de ter a família presente, forte, esse é o primeiro ponto. Ter outras situações profissionais, buscar outros caminhos. Ter equilíbrio grande, pessoalmente falando. O treinador, em clube grande, está sempre na mídia. Tem o nome falado 16 horas por dia, mais do que o do governador do estado. Todo mundo tem interesse em tudo ao seu respeito e, quando sai do mercado, isso desaparece. É uma coisa interessante. Precisa saber lidar com esse momento.

Você era técnico do Vasco quando o Romário fez o milésimo gol da carreira, em 2007. Do que se lembra daquele episódio?

Foi um momento fantástico, ótimo, maravilhoso. Nunca imaginei que fosse participar daquilo. Infelizmente, não trabalhei com o Romário antes. O cara foi um craque, um gênio, tive ele no meu grupo com apenas 40 anos. Aliás, nunca pensei que passaria pelo Vasco com Romário e Eurico, dois caras com quem tenho relacionamentos diretos, hoje. Mas aquele momento foi espetacular, tenho lembranças ótimas.

Você tem uma identificação muito grande com os clubes do Sul, por mais que tenha trabalhado em outros centros. Isso mais ajuda ou atrapalha?

Acho que as duas coisas, dependendo do momento. Passei oito vezes pelo Grêmio. Sete pelo Internacional. Isso é único. Foi porque eu quis? Não. Foram as circunstâncias que me levaram a isso. Em um primeiro momento, ajudou muito. Agora, pode estar atrapalhando. Não se leva em conta o trabalho, mas, sim, o nome. Passei pelo Vasco três vezes. Pelo Atlético-MG, mais três. Você vai e volta aos clubes. Sempre em cada momento.

No Inter, inclusive, é curioso, porque a mesma torcida que já o idolatrou demais, com o título da Libertadores de 2010, também já criticou demais, acusando de ter deixado o time na zona de rebaixamento em 2016...

Na verdade, eu já peguei o time na zona de rebaixamento, ladeira abaixo. Por isso disse que não foi uma opção, foi uma convocação. O que, às vezes, te atrapalha. Nesses casos, e em geral, até, tem de ter uma dose de sorte. E não é sempre que você vai pegar um grupo vencedor.

Mas carrega isso?

Cara, eu sou um cara muito precoce. E só não treinei três dos considerados grandes do Brasil: Corinthians, São Paulo e Fluminense. Tenho uma carreira consistente e forte, e tenho apenas 59 anos. Tenho potencial de saúde para trabalhar por muito tempo, ainda. Isso é bom. Mas o que se pensa no mercado? “Ah, o Roth está na faixa etária do Felipão (68 anos), do Levir Culpi (64 anos), do Muricy Ramalho (61 anos)...” Nada contra esses caras, por favor, mas eu estou abaixo. Quanto à torcida do Inter, a mesma que te idolatra, se não consegue mais resultados, não querem nem saber. Ganhei a Libertadores, em 2010, e fui muito criticado em 2011...

Aliás, a campanha daquela Libertadores foi incrível. Do que mais se lembra? 

Ah, cara, do abraço do Pelé, dizendo para mim: “Muito obrigado por ter recuperado o futebol brasileiro”. Fico arrepiado só de me lembrar... Eu conto isso poucas vezes... O Pelé estava entregando as faixas, as medalhas. Ele me abraçou e disse isso. Acho, até, porque se lembrou de que eu passei pelo Santos e promovi Robinho e Diego. Saí dos Santos por uma questão salarial, o Leão assumiu e foi campeão brasileiro com a molecada. O Pelé se lembrou disso, naquele momento. E o Internacional jogava um futebol maravilhoso...

E depois, no Mundial? O que aconteceu contra o Mazembe?

Fui muito criticado por essa derrota, né. Mas veja só... Quando o Inter saiu do Brasil em 2006, para jogar o Mundial, o que trouxesse de volta seria uma vitória. Trouxe o título. Chegou lá, humildemente, jogou contra o Barcelona e venceu. Em 2010, era favorito. A Inter de Milão não estava bem, o Rafa Benítez estava praticamente demitido. Mas, pela primeira vez, um time brasileiro não passou pelo primeiro jogo. Mas você se lembra do jogo?

Sim, muito. Por quê?

O Inter perdeu cinco gols no primeiro tempo, mais quatro no segundo. E, aí, levou 2 a 0 em dois contra-ataques. Assim é a vida.

Quem vai ganhar a Libertadores este ano?

Os brasileiros estão muito fortes. O Flamengo está bem, o Atlético-MG também, apesar de ter começado mal. O Grêmio tem um potencial enorme, e o Botafogo está surpreendendo. Mas acho que o Palmeiras é o mais capacitado, pelo grupo. Agora, mudou a comissão técnica, vamos ver o que vai acontecer. A cobrança será sobre o Palmeiras e o Cuca que foram campeões brasileiros no ano passado. Tomara que consiga ir bem.

Se for um brasileiro, acha que tem alguma chance de bater de frente com Juventus ou Real Madrid no Mundial?

Plenamente. O futebol brasileiro tem essa condição, sim. Além do mais, se trata de uma questão de momento, de estado de espírito. Cara, estar feliz, nesses momentos, faz milagres (risos). Olha aí o exemplo do grupo da Juventus, feliz, empolado. O golaço que fez o Daniel Alves (contra o Monaco, na semifinal) é de quem está em um momento feliz da vida. Quanto todos querem um objetivo, dá para alcançá-lo, sim.

Quem vai ser campeão brasileiro?

Que pergunta difícil, hem!? Todos os campeões regionais entram com força. No início, são candidatos. Mas tem mais gente... Não sei, mesmo...

Quem é o melhor jogador do futebol brasileiro?

Mais uma perguntinha complicada... (risos). No Corinthians, vejo o Jadson em um bom momento. No Flamengo, o Diego, que voltou bem demais da Europa, estou gostando muito. Mas tem o Robinho, no Atlético-MG, que, mesmo não tendo a mesma participação tática, é o cara que resolve. E não por sorte, mas por ser alguém que tem a visão do jogo. No Sul, o Luan foi muito bem com o Grêmio no ano passado. Agora, caiu um pouco. Não sei quem é o melhor. Algum desses, acho.

E quem é o melhor jogador do futebol mundial, então? 

Ah, essa não tem como contestar: Cristiano Ronaldo. Vai ser premiado de novo pela Fifa. O Messi, este ano, vem de altos e baixos. Mas tem um que eu acho que falta muito pouco para ser o melhor: Neymar. Para mim, ele já é o protagonista do Barcelona, até porque o Messi está há muito tempo no auge. Agora, o Neymar está assumindo essa posição.

 

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